Artigo 6 – O Sexto Mandamento
I. «Homem e mulher os criou»…
2331. «Deus é amor e vive em Si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Ao criar a humanidade do homem e da mulher à sua imagem […] Deus inscreveu nela a vocação para o amor e para a comunhão e, portanto, a capacidade e a responsabilidade correspondentes».
«Deus criou o homem à sua imagem; […] homem e mulher os criou» (Gn 1, 27); «Crescei e multiplicai-vos» (Gn 1, 28); «Quando Deus criou o ser humano, fê-lo à semelhança de Deus. Criou-os homem e mulher e abençoou-os; e chamou-lhes «Adão» no dia em que os criou»(Gn 5, 1-2).
2332. A sexualidade afecta todos os aspectos da pessoa humana, na unidade do seu corpo e da sua alma. Diz respeito particularmente à afectividade, à capacidade de amar e de procriar, e, de um modo mais geral, à aptidão para criar laços de comunhão com outrem.
As aulas serão publicadas para o 6º e 9º Mandamentos
A sociedade atual interpreta a virtude da castidade como sinônimo de repressão sexual. Mas a castidade não tem nada a ver com repressão; a castidade está ligada ao amor; e o amor não adoece ninguém.
Ao contrário dos animais irracionais, que através do ato sexual apenas procriam, o ser humano por meio do sexo pode realizar algo que ecoa na eternidade: a geração de uma vida dotada de alma imortal.
Quem não consegue viver a castidade precisa perceber que pecados como a masturbação, a fornicação ou o adultério, são precedidos por pensamentos e olhares impuros, com os quais a pessoa consente.
Entre os principais pecados contra a castidade, estão a pornografia e a masturbação. Tais males são cada vez mais recorrentes, sobretudo nestes tempos em que as pessoas se tornaram escravas das telas.
No namoro, homem e mulher buscam conhecer um ao outro com o desejo de contrair matrimônio. Mas esse processo pode ser deturpado pela fornicação e pelos atos que constituem ocasião próxima de pecado.
Visto que a nossa visão está contaminada pela lógica do “descartável”, antes de falar dos pecados relacionados à vida conjugal, precisamos entender a sublime dignidade que reveste o matrimônio.
O matrimônio contraído validamente entre dois batizados gera um vínculo indissolúvel, no qual os cônjuges possuem obrigações um para com o outro, como a abertura à vida e o débito conjugal.
Na cultura pornográfica em que vivemos, a sexualidade foi raptada por um imaginário perverso, que vê o outro como um objeto a ser dominado e até humilhado. Por isso, nem tudo é lícito no ato conjugal.
Uma das finalidades do matrimônio é gerar filhos e educá-los para o Céu. Por isso, pecam gravemente os casais que se fecham à vida por meio da camisinha, dos anticoncepcionais e do coito interrompido.
Se, por um motivo justo, o casal não pode ter filhos ou precisa espaçar uma futura gravidez, é necessário abraçar a abstinência sexual, que pode ser absoluta ou apenas nos dias férteis.
Muitos casais sofrem com a infertilidade, mas o desejo de ter filhos não justifica nenhum pecado mortal. Já os que fizeram esterilização, além de se arrepender, precisam reparar o erro cometido.
Independente do contexto, o divórcio sempre é um pecado grave. Nos casos de agressão física ou outros riscos para a família, o bispo pode autorizar a separação de corpos sem a dissolução do vínculo.
Sexto mandamento: não cometer adultérioO sexto mandamento é referente à castidade. O sexto mandamento prescreve que cada pessoa, segundo seu próprio estado de vida, leve uma vida de castidade, da qual Jesus é o modelo perfeito, ou seja, abstendo-se de práticas íntimas clandestinas antes ou fora da união conjugal.
Material de apoio para catequese
Referências
- AQUINO, St Tomás *1225 +1274 O SEXTO MANDAMENTO: “Não cometerás adultério”. – Artigos 3-12 traduzidos por Joseph B. Collins, Nova York, 1939 – Editado, com prólogo e artigos 1-2 adicionados, e html formatado por Joseph Kenny, OP. ( Site, livre);
Não pecar contra a castidade: o 6º mandamento