Santo Egídio
Viveu no Séc. VI * Séc VI Atenas + 720 França
O túmulo de Santo Egídio, venerado em uma abadia, na região francesa de Nîmes, remonta, provavelmente, à época merovíngia, embora a sua inscrição não seja anterior ao século X, data em que foi composta a Vida do santo abade, permeada de prodígios. Parte-se daqui, para se tentar reconstruir a vida de Egídio, cuja lenda mais popular indica que tenha vindo de Atenas, para viver como eremita, em um bosque junto à foz do rio Ródano, na França meridional, a fim de se entregar, com maior dedicação, ao serviço de Deus; transcorria o tempo em oração, vivendo com austeridade e jejuns; nutria-se de ervas, raízes e frutos selváticos; dormia na terra nua e seu travesseiro era uma rocha.
No território de Nimes, na Gália Narbonense, na hodierna França, São Gil ou Egídio, de quem tomou o nome a povoação que posteriormente se desenvolveu na região da Camargue, onde ele, segundo a tradição, construiu um mosteiro e terminou o curso da sua vida mortal. († s. VI/VII) (Martirológio)
Egídio vem de e, que quer dizer “sem”, de geos, “terra”, e de dyan, “ilustre” ou “divino”. De fato, ele foi homem sem terra porque desprezava o que era terreno, ilustre pela clareza de sua ciência, divino pelo amor que assimila o amante ao amado. Egídio era de Atenas e descendia de estirpe real. Desde a infância foi instruído nas letras sacras. Um dia, indo à igreja, encontrou um doente sentado no chão pedindo esmola e deu-lhe sua túnica. Ao vesti-la, recuperou completamente a saúde. Algum tempo depois, os pais de Egídio descansaram no Senhor, e ele fez então de Cristo herdeiro de seu patrimônio.
Santo Egídio, cuja história remonta a tempos antigos, é venerado por sua vida ascética e seus numerosos milagres. Nascido em Atenas, Egídio encontrou sua vocação na vida de eremita, dedicando-se fervorosamente à oração e aos jejuns. Sua fama de taumaturgo espalhou-se pela França e além, sendo invocado contra doenças, desespero e dificuldades diversas. A história de Santo Egídio é marcada por sua devoção a Deus, sua amizade com o rei dos visigodos e a fundação de um mosteiro em sua honra. Após sua morte em 1º de setembro de 720, o culto a Santo Egídio ganhou força e ele tornou-se um dos “santos auxiliadores” do povo, especialmente protetor dos pobres e necessitados.
Carlos Martello tinha cometido um grande pecado e cheio de remorsos decidiu ir a Provença para encontrar um abade que tinha fama de santo, que se chamava Egídio e pedir-lhe a absolvição desse pecado, mas sem confessá-lo e mantendo em segredo o seu crime. Santo Egídio celebrou uma Missa por essa intenção, mas eis que um anjo apareceu e se colocou perto do altar; tinha na mão um livro no qual estava escrito a culpa não confessada.
Referências
- Santo do Dia – Vatican (1 Set)